Outubro 2014

Novidades de Outubro , 2014

TSU/RMNG

TSU/RMNG – Alterações

Foi hoje alterada a TSU (apenas por conta das entidades empregadoras) de 23,75% para 23%.

Esta alteração é uma consequência da modificação na RMNG (Retribuição Mínima Mensal Garantida) que entre 1 de Outubro de 2014 e 31 de Dezembro de 2015 será de 505 € (anteriormente era 485 €).

Esta medida, de carácter excepcional, é apenas aplicável às remunerações devidas entre Novembro de 2014 a Janeiro de 2016.

Aplicação

Em termos genéricos aplica-se a entidades empregadoras de direito privado, que sejam contribuintes do regime geral da Segurança Social, relativamente a cada trabalhador ao seu serviço, a não ser que as referidas entidades estejam abrangidas por formatos contributivos com taxas inferiores à estabelecida para a generalidade dos trabalhadores por conta de outrem ou cujas remunerações estejam afectas ao indexante de apoios sociais (419,22 €).

Condições Aplicação

Para beneficiar desta redução é necessário que se verifiquem cumulativamente as seguintes condições:

– O trabalhador estar vinculado à entidade empregadora beneficiária, por contrato de trabalho, sem interrupção pelo menos desde Maio de 2014;

– O trabalhador ter auferido, pelo menos num dos meses compreendidos entre Janeiro e Agosto de 2014, remuneração igual ao valor da retribuição mínima mensal garantida;

- A entidade empregadora ter a sua situação contributiva regularizada perante a segurança social.

 

Concessão do benefício

 

A redução da taxa é reportada às contribuições relativas às remunerações devidas nos meses de Novembro de 2014 a Janeiro de 2016, incluindo os subsídios de férias e natal.

Na apresentação da declaração de remunerações deverá estar evidenciado, de forma autónoma, os trabalhadores abrangidos por esta medida.

A presente medida pode ser cumulada com outros apoios ao emprego aplicáveis ao mesmo posto de trabalho.

 

Para uma análise mais profunda e pormenorizada contacte a First-In através do email geral@first-in.pt.

Consulte também os DL 144/2014 e 154/2014 relativos a estas matérias.

 

Análise de Balanços

Balanço – Que informação nos dá?

 

Nesta abordagem ao Balanço, considerando que é a principal demonstração financeira, pretendemos apenas transmitir a ideia do que é, para que serve e que informação podemos obter.

Sabemos que o balanço é uma das principais fontes de informação de uma empresa. Informação que pode interessar a accionistas, bancos, clientes, etc.

Espelha, num determinado período de tempo, a posição económica e financeira de uma empresa no que concerne a bens, direitos e obrigações. O seu maior ou menor desenvolvimento depende da dimensão e enquadramento da empresa.

De um modo geral, do balanço, constam o activo, o capital próprio e o passivo, sendo que activo = capital próprio + passivo. Podemos também afirmar que o activo consiste no resultado da aplicação dos fundos e o passivo/capital próprio na origem desses mesmos fundos.

O activo diz-nos quais os bens e direitos, o passivo quais as obrigações e o capital próprio, para além do capital da sociedade, diz-nos também a evolução do valor acrescentado ao longo do tempo.

ACTIVO

As principais componentes do activo são os activos fixos tangíveis e intangíveis (activos não correntes), os inventários, os clientes e as disponibilidades (activos correntes).

Os activos (fixos tangíveis, intangíveis…) consistem nos investimentos que a empresa faz, como por exemplo, imóveis, máquinas, viaturas.

Analisando em pormenor conseguimos responder a perguntas do género:

Que investimentos foram realizados?

Existem investimentos estratégicos noutras empresas?

Os investimentos são novos ou estão praticamente amortizados?

Que métodos de valorização estão a ser utilizados?

Os inventários representam o stock (quantidade) de mercadorias e produtos acabados detidas pela empresa para venda aos seus clientes.

A informação que se retira dos inventários é muita e pode ser do género:

A empresa está com excesso de stocks?

Existe uma fatia grande de existências obsoletas e monos?

Os produtos em armazém são maioritariamente aqueles que representarão potencialmente a maior parte da facturação?

Os clientes indicam o valor que a empresa tem a receber das vendas dos seus produtos.

O que nos diz a informação em pormenor das contas de clientes:

Qual o prazo médio de recebimentos?

O prazo médio de recebimentos é maior ou menor que o prazo médio de pagamentos?

Que tipo de clientes existe? Muitos clientes com pouco peso na facturação total ou poucos clientes com muita relevância na facturação?

Os riscos de incumprimento estão cobertos (imparidades, seguros…)?

As disponibilidades (caixa e bancos) indicam os valores monetários disponíveis ou que sejam convertíveis no imediato.

Podemos ficar a saber:

Qual a liquidez imediata?

Existem gastos ocultos na caixa (despesas não documentadas ou mal documentadas)?

Os meios financeiros disponíveis representam quanto nos pagamentos normais da empresa?

Existem muitos parceiros financeiros? Que tipo de relações existe com instituições financeiras (depósitos, certificados, contas à ordem, cartões crédito…)?

PASSIVO

Já o passivo representa as obrigações da empresa para com terceiros (fornecedores, estado, financiamentos…).

O que podemos ficar a saber pode ser questionado da seguinte forma:

A empresa financia-se essencialmente com o crédito dos fornecedores? Os prazos de pagamento estão a ser cumpridos?

Os financiamentos bancários são para apoio à tesouraria ou para investimentos?

As dívidas ao estado estão dentro dos prazos normais de pagamento ou não?

Existem dívidas aos empregados?

CAPITAL PRÓPRIO

Por último o capital próprio, diferença entre o activo e o passivo, representa o capital social (os valores de entrada dos sócios/accionistas), os resultados do período (lucro/prejuízo), reservas (valores retidos pelos estatutos, pela lei ou livres) e resultados aprovados mas ainda não pagos.

As perguntas que normalmente precisam de resposta são:

Qual a rentabilidade da empresa face aos capitais investidos?

O que está a ser feito em matéria de reservas?

A actividade da empresa tem acrescentado valor ou o valor está perdido ou a perder valor?

Qual a autonomia financeira da empresa?

Qual a evolução dos resultados ao longo do tempo?

Qual a composição do capital?

 

Os empresários no seu quotidiano precisam de respostas a estas e outras perguntas certamente, para tomarem decisões, definirem estratégias e traçarem tácticas.

Os balanços, acompanhados do pormenor dos balancetes e da outra peça financeira fundamental – demonstração de resultados – permitem-nos lidar com a envolvente interna (sócios, colaboradores…) e com a envolvente externa (fornecedores, bancos, concorrentes…), de melhor forma, pois ficamos a saber e poder transmitir, como está o negócio e como queremos que progride e evolua.

Se descuramos o rigor e transparência da informação contida nestas peças financeiras, não podemos ter uma imagem fidedigna da nossa empresa. Sem isto, não estamos a interagir com vantagem no(s) sector(es) de actividade em que estamos a actuar.

Para uma análise mais profunda e pormenorizada contacte a First-In através do email geral@first-in.pt